"CICATRIZ E QUELOIDE"

Quando se pensa em cirurgia estética, uma pergunta logo nos vem à cabeça: “Como ficará a cicatriz?”. Afinal, ninguém quer consertar um problema e criar outro, não é? Mas, o que muitos não sabem é que o sucesso da cicatrização de nossa pele depende de alguns cuidados no período pós-cirúrgico e, também, da nossa genética. "O ideal de todo cirurgião plástico seria poder operar, esculpir e modelar sem deixar qualquer cicatriz, o que obviamente não é possível. Normalmente, não se pode prever como ficará a cicatriz após a cirurgia. Isso, porque o mesmo paciente pode apresentar cicatrizes patológicas em algumas partes do corpo e, em outras não", diz o Cirurgião Plástico Alexandre Piassi Passos.Segundo ele, existem dois tipos de cicatrizes patológicas: hipertrófica e queloidiana. A primeira fica mais espessa que o normal, é limitada à incisão e normalmente é assintomática, ou seja, não causa dor, ardor ou coceiras. Já a queloidiana, muito comum em pessoas com a pele negra ou descendentes de negros, além de grossa, tem aspecto nodular, semelhante a um tumor. Geralmente, foge aos limites da incisão e pode apresentar sintomas incômodos."Durante muito tempo falou-se em testes para verificar propensão ao quelóide realizando-se um corte num local oculto, atrás da orelha, por exemplo. Porém constatou-se que o teste é falho, já que a mesma pessoa pode apresentar quelóide numa região e em outra não”, explica Dr. Passos.A recuperação de qualquer procedimento cirúrgico depende tanto do médico quanto do paciente. "Após uma cirurgia plástica, o período de repouso, sem grandes esforços físicos e sem exposição ao sol, é fundamental para a qualidade da cicatriz, principalmente se for em partes do corpo de grande movimentação, como braços e pernas. Além, é claro, da oclusão com micropores, curativos com gel ou silicone, dentre outros cuidados, por cerca de dois meses", destaca o médico.

Revista Suadieta