29/10/2015

MINHO - PORTUGAL



        É UM PRAZER  DIVIDIR COM OS AMIGOS UMA REGIÃO
                                   LINDA DE PORTUGAL

24/10/2015

"TCHIBUM"

O CORPO EM ESTADO LÍQUIDO!
Onomatopeia que significa “queda em água”, o espetáculo traça um paralelo entre o massacre do Charlie Hebdo, na França, e questões sociais relacionadas à falta de água no Brasil.
Em cena, uma piscina cheia de dança.  A companhia de dança deu um banho de ritmo e movimento, deixando o público extasiado. Alan Keller, diretor e coreógrafo, comoveu-se com a recepção da plateia. Atuante na cena de dança sete-lagoana, Keller se disse imensamente honrado com o retorno de um trabalho produzido com tanto carinho, que pode ser integrado ao Inverno Cultural. Carina Marinho, dançarina da Cia. Paraopeba, ressaltou a importância de se discutir a problemática da água, e, parabenizou o festival pela iniciativa.
Sete Lagoas é uma cidade repleta de lagos, o que dá ainda mais importância ao tema “A cultura da água”.
A unidade seguida de vinte e um zeros é sextilhão, a quantidade estimada de litros d’agua que encobre o planeta Terra.
Noventa e oito por cento em oceanos, quase dois por cento em geleiras, subsolos, menos de um por cento em rios e lagos.
Sete bilhões é o numero sete seguido de nove zeros. E é a quantidade estimada de gente no planeta.
Mas, se o corpo humano é em média sessenta e cinco por cento água, então, juntos somos lagos, ou rios, que podem andar, sorrir, criar, dançar, desenhar, amar.
Que carregam o “Chi”, essência da vida.
Um rio de gente que pode ouvir melodias extasiantes, silêncio ou ruídos de guerras, bombas, “Bum”, “tChiBum”.
tChiBum é o corpo em estado líquido tratando de assuntos sólidos.
tChiBum tem água. Nos artistas e seus movimentos. Nos olhos que os vêem.
tChiBum fala de água.
Que falta e que há. Nas tintas do Charlie Hebdo, no suor e pranto, nas mulheres e nos seus filhos, no vapor de corpos violados, secos,no aqualixo e no aqualuxo.
tChiBum quer sonhar com alegria da água limpa no rio de gente.
Muita alegria...
Um sextilhão...
                                 Ailton de Castro – (texto e  produção musical)
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17/10/2015

CRIATIVOS TECIDOS


CLAUDIO GONTIJO
                           BLOG PLENITUDE
Hoje terminamos e arrematamos mais uma leva do que nos foi enviado.
Costuramos, cuidadosos, com tesoura e agulha.
Fechamos tantos e tantos modelos frágeis que necessitavam de reparos.
Alinhavamos toda a mágoa que através dos rasgos mostrava a pele fragilizada.
Fizemos remendos para vestir melhor ressentimentos já velhos,
que permaneceram expostos ao relento e à indiferença.
E continuamos porque tínhamos a urgência dos que sofrem com a dor alheia.

Cortamos aquilo que percebemos dispostos à calúnia,
tingimos para que toda a veste mostrasse cores de alegria,
cores da alma limpa e perfumada de jasmim.
E pedimos em nossas preces que continuássemos com a chance de reparar sem preconceito, fazendo de novo novas peças de algodão e esperança, com todas as tonalidades que nos permitíssemos,
até o fim do dia, enquanto tecido tivéssemos.