22/02/2015


A CRUZ

A violência criada e alimentada pelo próprio homem produz a necessidade da fuga. Neste contexto a cultura do prazer a qualquer custo vai alastrando as suas raízes; nos aglomerados, nos condomínios luxuosos, nas ruas, no campo. Lançar fora o egoísmo e a vaidade tem o mesmo significado que permanecer nu em meio aos tempos que se seguem.

Disputas vão surgindo entre os que se sentem fragilizados ou enganados. É o jogo das armas e artifícios, várias vezes, imaginários. O outro torna-se quase sempre um oponente, uma ameaça. É aquele que vem para subtrair o que se agarrou obsessivamente. O que se tem parece pouco para ser compartilhado, e aqueles que nada tem são ignorados por não acrescentarem nenhuma oportunidade; os abastados são invejados e odiados. O desejo é que eles sejam saqueados.

Assim a fé e a caridade vão se tornando inatingíveis, em um caminho penoso. A cruz dos nossos compromissos e responsabilidades vai sendo lapidada e diminuída. Sem o seu peso e porte, uma falsa leveza nos conduz  a escolhas angustiantes.



Mas carregar a cruz não significa optar por uma vida martirizante, ao contrário, ela nos conduz à possibilidade do perdão, da conversão, da oração, do amor verdadeiro. Este não é o caminho da alienação, antes, é a jornada para uma vida longa de paz e alegria.

CLÁUDIO GONTIJO

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