ANDRÉ RIEU E ORQUESTRA JOHANN STRAUSS

Tenho grande simpatia pelo artista e maestro holandense, André Rieu

Este final de semana tive a felicidade de vê-lo pessoalmente no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo

Maestro e virtuoso no violino, Rieu, é assim: 

Pensa grande o tempo inteiro. Não confundir com megalomania.

Na construção de um pequeno império que controla da pequena Maastricht, os passos são dados lentamente.

Rieu e sua Johann Strauss Orchestra (ele ama valsas, e Strauss é sua maior inspiração) vêm oferecendo aos brasileiros uma noite de entretenimento em cima de repertório erudito, já há alguns dias.

Neste fim de semana fomos conferir. Um concerto inesquecível!

Numa mistura de inglês, português e espanhol interagia-se com o publico. 

 Contou que a ideia de possuir uma orquestra não surgiu de repente. "Foi um processo. Meu pai era maestro, eu comecei no violino, era o garoto loiro e bonitão, tudo indo bem para o meu lado. Meu pai adorava valsas, e tocávamos todas."

A valsa está na raiz de seu sucesso. "Outras músicas eram executadas e todos assistiam sérios, compenetrados. Mas, quando era uma valsa, as pessoas sorriam, se movimentavam.

Eu pensei que ali realmente podia ver a música unindo as pessoas." Quis mudar as coisas como protagonista. Daí veio a ideia de ter uma orquestra e a maneira diferente de fazer música clássica."

Ele admite que não é unanimidade. "Claro, há os críticos que dizem que toco valsa porque é o que as pessoas gostam, é fácil. Ah, uma bobagem. Eu toco as músicas de que gosto 100%, só isso."

Ele também rebate os comentários que dizem que seu jeito de se apresentar pode servir como porta de entrada para muita gente passar a gostar de música erudita.

"Não, não concordo, porque não vejo divisões entre o que eu faço e o que Madonna faz. 

Existe a música, que pode ser boa e pode ser má.

Não acho que deva guiar as pessoas, apenas as divirto, enfatiza."

Toca excepcionalmente, dirige uma orquestra de primeira linha, mas quer mesmo é diversão nos concertos. 

Gente dançando, rindo de suas brincadeiras com a plateia.

Fora do palco, cuida pessoalmente de todos os detalhes. Há meses, enviou técnicos de som para testar o Ibirapuera e agentes de segurança para mapear os possíveis deslocamentos na cidade.

Uma oportunidade única, eu não poderia perde-la!