A violência criada e alimentada pelo próprio homem produz a
necessidade da fuga. Neste contexto a cultura do prazer a qualquer custo vai
alastrando as suas raízes; nos aglomerados, nos condomínios luxuosos, nas ruas,
no campo. Lançar fora o egoísmo e a vaidade tem o mesmo significado que
permanecer nu em meio aos tempos que se seguem.
Disputas vão surgindo entre os que se sentem fragilizados ou
enganados. É o jogo das armas e artifícios, várias vezes, imaginários. O outro
torna-se quase sempre um oponente, uma ameaça. É aquele que vem para subtrair o
que se agarrou obsessivamente. O que se tem parece pouco para ser
compartilhado, e aqueles que nada tem são ignorados por não acrescentarem
nenhuma oportunidade; os abastados são invejados e odiados. O desejo é que eles
sejam saqueados.
Assim a fé e a caridade vão se tornando inatingíveis, em um
caminho penoso. A cruz dos nossos compromissos e responsabilidades vai sendo
lapidada e diminuída. Sem o seu peso e porte, uma falsa leveza nos conduz a escolhas angustiantes.
Mas carregar a cruz não significa optar por uma vida
martirizante, ao contrário, ela nos conduz à possibilidade do perdão, da
conversão, da oração, do amor verdadeiro. Este não é o caminho da alienação,
antes, é a jornada para uma vida longa de paz e alegria.
CLÁUDIO GONTIJO
CLÁUDIO GONTIJO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMO ME ALEGRA SUA VISITA!
OBRIGADA!
DEIXE SEU COMENTÁRIO...
Não possuindo conta no Google comente como Anônimo e assine, assim saberei que me visitou e deixou seu parecer.
Beijinhos
Celle