15/10/2011

CHÂTEAU CHENONCEAU

CASTELO DE CHENONCEAU (em francês, "Château de Chenonceau"), também conhecido como Castelo das Sete Damas, é um palácio localizado na comuna de Chenonceaux, departamento de Indre-et-Loire, na região do rio Loire, a Sul de Chambord, na França.

CHÂTEAU CHENONCEAU
O primeiro castelo foi construído no local de um antigo moinho, em posição dominante sobre as águas do rio Cher, no século XI. O atual palácio foi reconstruído e a sua história está associada a sete mulheres de personalidade forte, duas das quais rainhas de França: Catarina de Médici, Diane de Poitiers.
O edifício original foi incendiado em 1411 para punir o seu proprietário Jean Marques por um ato de sublevação. A atual fortificação foi erguido no século XIII. Subsequentemente, o seu endividado herdeiro, Pierre Marques, vendeu o castelo a Thomas Bohier, Camareiro do Rei Carlos VIII de França, em 1513. Bohier destruiu o castelo existente, conservando a torre de menagem, e construiu uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521; o trabalho foi por vezes supervisionado pela sua esposa, Catherine Briçonnet, a qual teve o prazer de hospedar a nobreza francesa, incluindo Francisco I de França em duas ocasiões.
Mais tarde, foi desapropriado, sendo o château entregue ao Rei Francisco I por débitos não pagos à Coroa. Depois da morte deste monarca, em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers. Ela mandou construir a ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta. Supervisionou, então, a plantação de extensos jardins de flores e de vegetais, juntamente com uma variedade de árvores frutíferas. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos.
 Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando finalmente a beneficiaram com a posse.

Chenonceau visto dos Jardins de Catarina de Médice
No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despejou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a mudar-se para Château de Chaumont-sur-Loire.
Tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Como regente da França, Catarina podia gastar uma fortuna no palácio e em espectaculares festas noturnas. Em 1560, as primeiras exibições de fogos de artifícios na França tiveram lugar em Chenonceau, durante a celebração que marcou a ascensão do seu filho, Francisco II, ao trono.
Entre as marcas que imprimiu ao conjunto, determinou a construção, em 1577, de um novo aposento, exactamente por cima da ponte construída pela sua rival. Esse imenso salão sobre o rio, com dois andares e a extensão de sessenta metros de comprimento por seis de largura, ficou conhecido como a Grande Galeria e tornou-se a marca característica do palácio.
Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época.


Vista do jardim de Diana de Poitiers
Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registar o evento, de poetas e de muita música.
Com a morte de Catarina, em 1589, o palácio passou para a sua nora, Louise de Lorraine-Vaudémont, esposa de Henrique III. Em Chenonceau, Louise recebeu a notícia do assassinato do seu marido e num estado de depressão, passou o resto dos seus dias vagueando sem destino pelos vastos corredores do palácio, vestida de roupas matutinas entre sombrias tapeçarias pretas, onde foram cosidos caveiras e ossos cruzados.
Nesta fase, as grandiosas festas cessaram, passando o palácio a viver numa permanentemente atmosfera de luto.

Château Chenonceau

Outra amante tomou posse em 1624, quando Gabrielle d'Estrées, a favorita de Henrique IV, habitou o palácio. Depois desta, foi possuído pelo herdeiro de Louise, César de Bourbon, Duque de Vendôme, e a sua esposa, Françoise de Lorraine, Duquesa de Vendôme, e passou tranquilamente pela linha hereditária dos Valois, alternadamente habitado e abandonado por mais de uma centena de anos.
O Castelo de Chenonceau foi comprado pelo Duque de Bourbon em 1720. Pouco a pouco, este vendeu todos os conteúdos do palácio. Muitas das refinadas estátuas acabaram no Château de Versailles. A própria propriedade foi, finalmente, vendida a um proprietário rural chamado Claude Dauphine.
A esposa de Claude (filha do financeiro Samuel Bernard e avó de Madame Louise Dupin, que trouxe a vida de volta ao palácio ao receber os líderes do Iluminismo: Voltaire, Montesquieu, Bernard le Bovier de Fontenelle, Pierre de Marivaux, e Jean-Jacques Rousseau. Louise salvou o palácio da destruição durante a Revolução Francesa, preservando-o da destruição pela Guarda Revolucionária, uma vez que era essencial para as viagens e para o comércio por ser a única ponte que atravessava o rio numa área de várias milhas. Diz-se que terá sido Louise quem trocou a ortografia do palácio (de Chenonceaux para Chenonceau) para agradar ao aldeões durante a Revolução Francesa.


Rio Cher
Durante a Primeira Guerra Mundial, a galeria foi usada como enfermaria hospitalar. Na segunda Guerra Mundial foi um meio de escape da zona ocupada pelos Nazistas de um lado do Rio Cher, para a livre zona de Vichy na margem oposta.
Em 1864, Daniel Wilson, um escocês que fizera fortuna instalando luz de gás por Paris, comprou o palácio para a sua filha. Gastando muito como a Rainha Catarina de Médice, sua fortuna foi delapidada. De 1984 a 1913 o castelo passou por vários proprietários. Só  então a família Menier, famosa pelos seus chocolates, comprou o palácio, mantendo-o até hoje.
Em 1951, a família Menier restaurou o palácio, o qual devolveu sua antiga estrutura e jardins destruídos por uma cheia do Rio Cher em 1940,hoje, um reflexo da sua antiga glória.
Chenonceau é o mais visitado château na França.

Fotos do google
Texto adaptado para o blog


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