Já não basta agradecer.
Enquanto envelheço vou lembrar.
Dos irmãos que nunca me serão subtraídos,
da mãe que desejamos guardar longe do tempo e da morte.
Lembro do que ganhei, do que sonhei, do que não fiz, do que nunca serei,do que tenho feito, do que ainda terminarei.
Esqueço o que adiei.
Lembro e rezo, rezo e adormeço.
Acordo e lembro.
Lembro e vivo.
Lembro de quase tudo sem ter que descrever em sofreguidão.
Dos córregos, do cheiro de esterco e das roseiras,
da escuridão silenciosa e ampla na varanda da minha infância,
de onde se tinha poucas imagens e escassos recursos.
Lembro de que nem tinha pressa,
nem conhecimento da urgência no grande relógio ao fim do corredor.
Lembro do que me foi ofertado,
lembro que, então, sorri e segui.
Mas ainda assim dou graças por Ana e Cláudia,
dou graças pelo que ainda posso enxergar.
Dou graças por ter como servir,
dou graças por ter partilhado com os humildes.
Dou graças por ter sobrevivido à caridade dos que se fecham a qualquer aceno.
Dou graças porque pude ver muitos pássaros, flores e rios.
Dou graças pelos que me são necessários e pelos que se acham insubstituíveis.
Dou graças pela fé, pela esperança, pela Graça que ainda teremos.
TRANSCRIÇÃO DO BLOG "VER E VIDA" DO AMIGO CLÁUDIO GONTIJO
Amiga Celle:
ResponderExcluirEstas palavras sábias vieram de alguém que teve de certeza uma vida plena.
beijinho amigo
Fê
Agradeço-lhe como agradeci ontem, Circele.
ResponderExcluirA sua delicadeza, sensibilidade e generosidade, explodiram em mais de 100.000 visitas. Parabéns!
Peço-lhe que altere meu endereço virtual:
www.verevida.blogspot.com.br
Plenitude
Na sua lista de blogs o endereço ver de vida deveria ser atualizado, Circele. Peço-lhe o favor de atualizá-lo para www.verevida.blogspot.com.br
ResponderExcluirA visibilidade da sua página ajudaria o novo "Plenitude".
Um abraço.
Cláudio.