Recebí este comentário no post "DESPEDIDA DO TREMA", feito pelo mestre e amigo João, lá de Portugal, honrando-me com sua visita.
Como nem todos lêm os comentários resolví dividi-lo com você, na íntegra.
"Permita que aqui coloque o comentário já colocado no nosso blogue Sempre Jovens, com pequenos retoques.
Os políticos que gerem a nossa vida pública falam muito de liberdade, de direitos humanos e de respeito pelas pessoas. Puro engano, falácias, aldrabices é o que tais discursos são.
Na realidade, nós somos obrigados a vegetar num cárcere, sujeitos a 1001 regras e a milhões de pequenas alíneas que nos restringem os gestos, as palavras, as acções. Ao respirar e fazer um gesto, temos ou devemos pensar se estamos legais, se estamos a cumprir todas essa miríades de condicionamentos, porque pode aparecer um policial com bastão a agredir-nos, a interrogar-nos e fazer pagar uma coima, ou a irmos detidos e ter de responder em tribunal e pagar a um defensor.
Essa mentalidade de carrascos e de guardas prisionais é geral em todo o vil ser humano que é investido de poder. Abusam, com arrogância e teimoso autoritarismo.
Isso acontece em todos os aspectos da vida humana e, por isso, surgem os condicionamentos variados como os do trânsito, quase sempre incoerentes, desnecessários e inúteis que não impedem a sinistralidade, e agora surgiu a imposição de alterações da escrita em vez de a deixar evoluir com a prática como sempre aconteceu desde os tempos mais remotos até hoje.
Quem parte leva saudades, quem fica saudades tem. O trema faz sua despedida, com muita dignidade, com o valor de quem deseja ser recordado com apreço. Só quem tem valor intrínseco e muita categoria no domínio do idioma, que nos deixam ter, consegue expressar-se de forma tão digna. Por isso, o trema merece estas minhas cogitações que lhe dedico com companheirismo e apreço.
Oxalá os guardas vigilantes que nos condicionam a existência não nos imponham uma moda estranha em nome da igualdade de rebanho. Sou alérgico a tal domínio" castrador.
Beijos
João
Amigo, JOÃO, esta foi a forma que encontrei de demonstrar-lhe meu reconhecimento!
Obrigada!
16/07/2011
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Amiga Celle,
ResponderExcluirPeço que não exagere, para não me inflar tanto de vaidade que acabe por explodir. É certo que são «só ares», mas quando a pressão é demasiada o pneu rebenta!
Se alguma virtude tenho, é a de procurar estar atento ao que se passa esforçar-me por pensar e não ter receio de usar a liberdade de expressão que ainda nos é permitida.
Mas o que mais me apetece é passar o tempo como naquele domingo que descrevi em Um dia como os outros.
Adoro a simplicidade, reduzir as coisas complicadas à sua «expressão mais simples».
Beijos
João
João, ja o conheço melhor do que pensa. Seu caráter e dignidade não deixam seu ego inflamar, não corre o risco de estouro, bem sei! Os grandes Homens são assim simples e humildes,sabem do seu valor e não precisam aparecer, seus atos falam por si mesmo.
ResponderExcluirRelí "Um dia como os outros" e sentí a FELICIDADE E A PAZ daqueles momentos descritos! Sem ser saudosista mas, apreciadora do bom e bonito não importando de quando, lhe desejo muitos outros dias semelhantes àqueles!
Sua visita e seus comentários sempre me enriquecem e me honram!
Beijos
celle