29/04/2014
A CRIANÇA E O CÃO
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IMAGEM CONFIANÇA CRIANÇA E CÃO
28/04/2014
POLÍTICA PARA NÃO SER IDIOTA - Mário Sérgio Cortella
Um paletrante que segura a atenção das pessoas...
É extensa esta palestra mas muito interessante
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Limites - Educação - Politica
25/04/2014
"IDADE OUTONO"
As folhas de outono não caem porque querem
e sim porque é chegada a hora".
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IDADE ACEITAÇÃO ORAÇÃO
24/04/2014
CORAL AFRICANO WATOTO
O coral Watoto da Uganda. O coral integrado por crianças órfãs. O nome, que em português significa "as crianças", denomina também um projeto com outros cinco corais que viajam pelo mundo mostrando a glória de Deus.
Por mais de 20 anos, as crianças do Coral Watoto viajam internacionalmente como embaixadoras a favor das crianças órfãs em seu infortúnio na África. As viagens são pagas com a venda de artesanatos, camisas e CD's.
O projeto começou quando Gery Skinner e sua família foram para a Uganda em 1982, fazer missões e plantar igrejas. Lá conheceram um país marcado pela violência e pela AIDS, onde mais de 30 mil crianças foram forçadas a servir como soldados. Após seis anos de trabalho, Gery se encontrou com uma senhora que tinha perdido o marido e seis de seus filhos vítimas da AIDS (o sétimo e último filho estava morrendo pelo mesmo motivo).
Esta senhora cuidava ainda de seus 23 netos. Ela disse a Gery que já estava velha, não iria viver por muito tempo e, depois, "quem iria cuidar das crianças?" Assim nasceu o projeto, que hoje assiste a 1.700 crianças.
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PROJETO CORAL COMUNIDADE SOLIDARIEDADE
23/04/2014
CRIANÇAS EM BUSCA DA PAZ MUNDIAL
IMPRESSIONANTE ESPETÁCULO
UM MILHÃO DE CRIANÇAS E JOVENS CANTAM EM BUSCA DA PAZ MUNDIAL!!!
PIXINGUINHA CARINHOSO
117º aniversário de Pixinguinha, se ainda estivesse vivo
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Homenagem Reconhecimento Musica Ritimo
14/04/2014
...ME CHAMEM DE VELHA
Na semana passada, sugeri a uma
pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas” em um texto. E fui
informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia
se recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”.
Pensei: “roubaram a velhice”. As palavras escolhidas – e mais ainda as
que escapam – dizem muito, como Freud já nos alertou há mais de um século. Se
testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude
para sempre (até a morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida pela
mesma ânsia. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopada” – ou talvez um
lifting completo na palavra “velho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a
palavra e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte, chegará para todos.
Desde que a
juventude virou não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira, temos
convivido com essas tentativas de tungar a velhice também no idioma. Vale tudo.
Asilo virou casa de repouso, como se isso mudasse o significado do que é estar
apartado do mundo. Velhice virou terceira idade e, a pior de todas, “melhor
idade”. Tenho anunciado a amigos e familiares que, se alguém me disser, em um
futuro não tão distante, que estou na “melhor idade”, vou romper meu pacto
pessoal de não violência. O mesmo vale para o primeiro que ousar falar comigo
no diminutivo, como se eu tivesse voltado a ser criança. Insuportável.
A velhice é
o que é. É o que é para cada um, mas é o que é para todos, também. Ser velho é
estar perto da morte. E essa é uma experiência dura, duríssima até, mas também
profunda. Negá-la é não só inútil como uma escolha que nos rouba alguma coisa
de vital. Semanas atrás, em um programa de TV, o entrevistador me perguntou
sobre a morte. E eu disse que queria viver a minha morte. Ele talvez não tenha
entendido, porque afirmou: “Você não quer morrer”. E eu insisti na resposta:
“Eu quero viver a minha morte”.
Na
adolescência, eu acalentava a sincera esperança de que algum vampiro achasse o
meu pescoço interessante o suficiente para me garantir a imortalidade. Mas
acabei aceitando que vampiros não existem, embora circulem muitos chupadores de
sangue por aí. Isso só para dizer que é claro que, se pudesse escolher, eu não
morreria. Mas essa é uma obviedade que não nos leva a lugar algum. Que
ninguém quer morrer, todo mundo sabe. Mas negar o inevitável serve apenas para
engordar o nosso medo sem que aprendamos nada que valha a pena.
A morte tem sido roubada de nós.
E tenho tomado providências para que a minha não seja apartada de mim. A vida é
incontrolável e posso morrer de repente. Mas há uma chance razoável de que eu
morra numa cama e, nesse caso, tudo o que eu espero da medicina é que amenize a
minha dor. Cada um sabe do tamanho de sua tragédia, então esse é apenas o meu
querer, sem a pretensão de que a minha escolha seja melhor que a dos outros.
Mas eu gostaria de estar consciente, sem dor e sem tubos, porque o morrer será
minha última experiência vivida. Acharia frustrante perder esse derradeiro
conhecimento sobre a existência humana. Minha última chance de ser curiosa.
Há uma bela
expressão que precisamos resgatar, cujo autor não consegui localizar: “A morte
não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento. A vida não tem
contrários”. A vida, portanto, inclui a morte. Por que falo da morte aqui nesse
texto? Porque a mesma lógica que nos roubou a morte sequestrou a velhice. A
velhice nos lembra da proximidade do fim, portanto acharam por bem eliminá-la.
Numa sociedade em que a juventude é não uma fase da vida, mas um valor,
envelhecer é perder valor. Os eufemismos são a expressão dessa desvalorização
na linguagem.
Não, eu não
sou velho. Sou idoso. Não, eu não moro num asilo. Mas numa casa de repouso.
Não, eu não estou na velhice. Faço parte da melhor idade. Tenho muito medo dos
eufemismos, porque eles soam bem intencionados. São os bonitinhos mas
ordinários da língua. O que fazem é arrancar o conteúdo das letras que
expressam a nossa vida. Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais o
que dizer, a sociedade tenta confiná-las e esvaziá-las também no idioma.
Chamar de
idoso aquele que viveu mais é arrancar seus dentes na linguagem. Velho é uma
palavra com caninos afiados – idoso é uma palavra banguela. Velho é letra
forte. Idoso é fisicamente débil, palavra que diz de um corpo, não de um
espírito. Idoso fala de uma condição efêmera, velho reivindica memória
acumulada. Idoso pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho é – e
está. Alguém vê um Boris Schnaiderman, uma Fernanda Montenegro e até um
Fernando Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint Eastwood? Não. Eles são
velhos.
Idoso e
palavras afins representam a domesticação da velhice pela língua, a
domesticação que já se dá no lugar destinado a eles numa sociedade em que, como
disse alguém, “nasce-se adolescente e morre-se adolescente”, mesmo que com 90
anos. Idosos são incômodos porque usam fraldas ou precisam de ajuda para andar.
Velhos incomodam com suas ideias, mesmo que usem fraldas e precisem de ajuda
para andar. Acredita-se que idosos necessitam de recreacionistas. Acredito que
velhos desejam as recreacionistas. Idosos morrem de desistência, velhos morrem
porque não desistiram de viver.
Basta
evocar a literatura para perceber a diferença. Alguém leria um livro chamado “O
idoso e o mar”? Não. Como idoso o pescador não lutaria com aquele peixe.
Imagine então essa obra-prima de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no
Cabelo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma aldeia em algum lugar, nem
maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam...”.
Velho é uma
conquista. Idoso é uma rendição.
Como em
2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo a ouvir sobre
mim mesma um outro tipo de bobagem. O tal do “espírito jovem”. Envelhecer
não é fácil. Longe disso. Ainda estou me acostumando a ser chamada de senhora
sem olhar para os lados para descobrir com quem estão falando. Mas se
existe algo bom em envelhecer, como já disse em uma coluna anterior, é o
“espírito velho”. Esse é grande.
Vem com toda a trajetória e é cumulativo. Sei muito
mais do que sabia antes, o que significa que sei muito menos do que achava que
sabia aos 20 e aos 30. Sou consciente de que tudo – fama ou fracasso – é
efêmero. Me apavoro bem menos. Não embarco em qualquer papinho mole. Me
estatelei de cara no chão um número de vezes suficiente para saber que acabo me
levantando. Tento conviver bem com as minhas marcas. Conheço cada vez mais os
meus limites e tenho me batido para aceitá-los. Continua doendo bastante, mas
consigo lidar melhor com as minhas perdas. Troco com mais frequência o drama
pelo humor nos comezinhos do cotidiano. Mantenho as memórias que me importam e
jogo os entulhos fora. Torço para que as pessoas que amo envelheçam porque elas
ficam menos vaidosas e mais divertidas. E espero que tenha tempo para
envelhecer muito mais o meu espírito, porque ainda sofro à toa e tenho umas cracas
grudadas à minha alma das quais preciso me livrar porque não me pertencem.
Espero chegar aos 80 mais interessante, intensa e engraçada do que sou hoje.
Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alargá-lo
com experiências. Apalpar o tamanho cada vez maior do que não sabemos. Só somos
sábios na juventude. Como disse Oscar Wilde, “não sou jovem o suficiente para
saber tudo”. Na velhice havemos de ser ignorantes, fascinados pelas dimensões
cada vez mais superlativas do que desconhecemos e queremos buscar. É essa
a conquista. Espírito jovem? Nem tentem.
Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir que
nos roubem nem a velhice nem a morte, não deixar que nos reduzam a palavras
bobas, à cosmética da linguagem. Nem consentir que calem o que temos a dizer e
a viver nessa fase da vida que, se não chegou, ainda chegará. Pode parecer uma
besteira, mas eu cometo minha pequena subversão jamais escrevendo a palavra
“idoso”, “terceira idade” e afins. Exceto, claro, se for para arrancar seus
laços de fita e revelar sua indigência.
Quando chegar a minha hora, por favor, me chamem de
velha. Me sentirei honrada com o reconhecimento da minha força. Sei que estou
envelhecendo, testemunho essa passagem no meu corpo e, para o futuro, espero
contar com um espírito cada vez mais velho para ter a coragem de encerrar minha
travessia com a graça de um espanto.
(Eliane Brum Jornalista, escritora e
documentarista.)
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IDADE SABEDORIA EQUILIBRIO EMOCINAL
11/04/2014
A FOTO DA SAUDADE
A mãe morreu na guerra. A saudade foi tanta que a menina fez
um desenho no chão da escola e procurou abrigo. Sônia, minha amiga, mandou a
foto que me comoveu profundamente.
Hila
Flávia
Saudade!
Quanto mais se escreve sobre ela mais indefinida fica, mais doe, mais dilacera...
Quanto mais se escreve sobre ela mais indefinida fica, mais doe, mais dilacera...
Fico colecionando versos.
Leio que a “saudade mata a gente”, que a “saudade é dor pungente”. Canto Chico Buarque em “Angélica” e choro todas as vezes. Leio Antônio Pereira com seu poetar singelo: “A saudade é um parafuso, que quando na rosca cai, só entra se for torcendo, porque batendo não vai. E depois que enferruja, nem destorcendo não sai”.
Depois ele dá um conselho, o poeta da saudade: “Quem quiser plantar saudade, escalde bem a semente, plante em terra bem seca, em dia de sol ardente; pois, se plantar no molhado, ela nasce e mata a gente”.
E me lembro de uma canção antiga, lamentosa, muito da minha juventude: “Saudade, torrente de paixão, emoção diferente, que aniquila a vida da gente, uma dor que não sei de onde vem”.
Leio que a “saudade mata a gente”, que a “saudade é dor pungente”. Canto Chico Buarque em “Angélica” e choro todas as vezes. Leio Antônio Pereira com seu poetar singelo: “A saudade é um parafuso, que quando na rosca cai, só entra se for torcendo, porque batendo não vai. E depois que enferruja, nem destorcendo não sai”.
Depois ele dá um conselho, o poeta da saudade: “Quem quiser plantar saudade, escalde bem a semente, plante em terra bem seca, em dia de sol ardente; pois, se plantar no molhado, ela nasce e mata a gente”.
E me lembro de uma canção antiga, lamentosa, muito da minha juventude: “Saudade, torrente de paixão, emoção diferente, que aniquila a vida da gente, uma dor que não sei de onde vem”.
Durante toda a vida não deixei que coisas passadas
alterassem meu presente. Nem as boas nem as ruins. Tive em mente que, vivendo
cada dia de uma vez, faria jus ao dom de cada amanhecer e cada pôr do sol. Dons
diários de beleza presenteada aos que têm sensibilidade de vê-los e agradecer.
E tantos motivos tive para me refugiar no que já havia passado.
Amigos queridos deixaram de fazer parte do dia-a-dia, juventude longínqua, mobilidade comprometida pela idade, expectativas abortadas. O passado, sendo muito maior do que o possível futuro, começa a pesar sobre o presente.
À época do meu nascimento, bem mais da metade da população de meu amado país era rural e era jovem. Hoje é urbana e é madura. E mesmo assim, até pouco tempo, apenas o presente era a minha meta. Ainda o é, sem dúvida, mas nem tanto mais.
Amigos queridos deixaram de fazer parte do dia-a-dia, juventude longínqua, mobilidade comprometida pela idade, expectativas abortadas. O passado, sendo muito maior do que o possível futuro, começa a pesar sobre o presente.
À época do meu nascimento, bem mais da metade da população de meu amado país era rural e era jovem. Hoje é urbana e é madura. E mesmo assim, até pouco tempo, apenas o presente era a minha meta. Ainda o é, sem dúvida, mas nem tanto mais.
Quando vi a foto da menina querendo colo, vi o quanto sinto
falta dele. Colo de mãe. E é até incompreensível esta falta tamanha, pois
quando minha amada e saudosa mãe se foi, ambas já éramos idosas. Ela e eu.
Mas é a saudade.
Não ouvi o conselho e plantei em solo regado pela chuva mansa que havia caído a noite toda, transformando meu coração em terra fértil. Nasceu vigorosa, forte, poderosa.
Não ouvi o conselho e plantei em solo regado pela chuva mansa que havia caído a noite toda, transformando meu coração em terra fértil. Nasceu vigorosa, forte, poderosa.
Desenharei na minha mente o retrato de minha mãe, tirarei os
sapatos para respeitar o lugar sagrado e vou me aninhar. Terei então um rosto
liso e cabelos louros em longas tranças cuidadosamente feitas. Ficarei um tempo
me aquecendo, um pouco todo dia.
Um pouco só, apenasmente para me fortalecer e me alimentar de afeto, combustível vital para viver o presente.
Um pouco só, apenasmente para me fortalecer e me alimentar de afeto, combustível vital para viver o presente.
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Saudades Traumas e Dores Importância do Afeto
08/04/2014
O ESPELHO
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos.
Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim. "Quem quer ser amado, ame"
. O caminho para a felicidade na maioria das vezes não é reto.
Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS,
luzes de cautela chamadas FAMÍLIA,
e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO,
um motor poderoso chamado AMOR,
um bom seguro chamado FÉ,
combustível abundante chamado PACIÊNCIA,
mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!"
TEXTO Gandhi!
foto da internet
|
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Sabedoria Virtude Aconselhamento
06/04/2014
MENSAGEM DE UMA MÃE!
PUBLICADO no Jornal O Tempo
EM 03/04/14 - 06h00
Há
duas semanas publiquei o texto “Um difícil julgamento”, referindo-se à grande
indignação e à perplexidade reinante em relação à criminalidade, à impunidade e
à falta de leis mais rigorosas para com os menores que cometem assassinatos e
outros crimes considerados hediondos.
Entre as tantas manifestações e e-mails recebidos dos leitores, um em particular muito me sensibilizou.
Solicitei autorização para publicá-lo na íntegra neste espaço de minha coluna. Angela F., a leitora que o enviou, e seus dois filhos, desde então, fazem parte das minhas orações.
Laura, sempre gostei de ler sua coluna “Vida Leve”, principalmente as crônicas sobre sua infância com seus irmãos e sobre a Pretinha (até ganhei de aniversário seu livro).
Gostava de contar os casos divertidos para meus dois filhos.
Nesta última crônica – “Um difícil julgamento” – você aborda realmente um tema doloroso. A violência e a impunidade.
Você pede que perguntem para a mãe do jovem estudante de engenharia se ela acha que o assassinato do seu filho se resume a um ato infracional.
Laura, você sabe que mãe nenhuma é preparada para enterrar seu filho. Realmente é uma dor que não tem nome, não tem explicação, não tem remédio.
Quando uma mãe perde um filho, todas as outras mães sentem sua dor, porque mãe é tudo igual. Todas só querem ver seus filhos crescerem, só querem que eles sejam felizes. Mãe quer abraçar, mãe quer acalentar, quer dar colo, quer cuidar. Mãe quer proteger. Mãe quer que seus filhos voltem para casa.
E não é isso que está acontecendo. Nós, mães, estamos com medo de tanta violência. Como deixar nossos filhos saírem para trabalhar, estudar, passear?
Os bandidos estão nas ruas, e nós, prisioneiros em nossas casas.
Menor pode matar e votar, mas pagar pelo crime, não.
Nossas leis estão protegendo os bandidos.
Quem protegerá nossos filhos? Quem olhará por nós? Até quando viveremos neste tormento?
Eu te digo: assassinato não é ato infracional. Meu Deus, quando foi que o ser humano perdeu seu valor? Vida não tem preço. Filho é sagrado.
Eu disse que gostava de comentar sobre suas crônicas com meus dois filhos, não é? Laura, é com a maior tristeza deste mundo que eu vou te dizer que agora só poderei ler para um filho, porque mataram meu filho mais velho, de 21 anos, no dia 7 de fevereiro.
Eu sou a mãe do estudante de engenharia que foi covardemente assassinado naquela noite.
Nunca mais verei meu filho. Não verei mais seu sorriso. Nunca mais vou confortá-lo.
Enquanto vou aprendendo a viver novamente, vou rezando.
Rezo dia e noite para que Deus ilumine as autoridades competentes, fazendo que elas promovam as mudanças necessárias e urgentes para que nenhuma mãe sinta a dor de perder um filho.
Tenho fé e esperança.
Fique com Deus.
Angela – mãe
PS: Pensando melhor, vou continuar a ler suas crônicas para ele. Ele sempre gostou de uma boa história.
Entre as tantas manifestações e e-mails recebidos dos leitores, um em particular muito me sensibilizou.
Solicitei autorização para publicá-lo na íntegra neste espaço de minha coluna. Angela F., a leitora que o enviou, e seus dois filhos, desde então, fazem parte das minhas orações.
Laura, sempre gostei de ler sua coluna “Vida Leve”, principalmente as crônicas sobre sua infância com seus irmãos e sobre a Pretinha (até ganhei de aniversário seu livro).
Gostava de contar os casos divertidos para meus dois filhos.
Nesta última crônica – “Um difícil julgamento” – você aborda realmente um tema doloroso. A violência e a impunidade.
Você pede que perguntem para a mãe do jovem estudante de engenharia se ela acha que o assassinato do seu filho se resume a um ato infracional.
Laura, você sabe que mãe nenhuma é preparada para enterrar seu filho. Realmente é uma dor que não tem nome, não tem explicação, não tem remédio.
Quando uma mãe perde um filho, todas as outras mães sentem sua dor, porque mãe é tudo igual. Todas só querem ver seus filhos crescerem, só querem que eles sejam felizes. Mãe quer abraçar, mãe quer acalentar, quer dar colo, quer cuidar. Mãe quer proteger. Mãe quer que seus filhos voltem para casa.
E não é isso que está acontecendo. Nós, mães, estamos com medo de tanta violência. Como deixar nossos filhos saírem para trabalhar, estudar, passear?
Os bandidos estão nas ruas, e nós, prisioneiros em nossas casas.
Menor pode matar e votar, mas pagar pelo crime, não.
Nossas leis estão protegendo os bandidos.
Quem protegerá nossos filhos? Quem olhará por nós? Até quando viveremos neste tormento?
Eu te digo: assassinato não é ato infracional. Meu Deus, quando foi que o ser humano perdeu seu valor? Vida não tem preço. Filho é sagrado.
Eu disse que gostava de comentar sobre suas crônicas com meus dois filhos, não é? Laura, é com a maior tristeza deste mundo que eu vou te dizer que agora só poderei ler para um filho, porque mataram meu filho mais velho, de 21 anos, no dia 7 de fevereiro.
Eu sou a mãe do estudante de engenharia que foi covardemente assassinado naquela noite.
Nunca mais verei meu filho. Não verei mais seu sorriso. Nunca mais vou confortá-lo.
Enquanto vou aprendendo a viver novamente, vou rezando.
Rezo dia e noite para que Deus ilumine as autoridades competentes, fazendo que elas promovam as mudanças necessárias e urgentes para que nenhuma mãe sinta a dor de perder um filho.
Tenho fé e esperança.
Fique com Deus.
Angela – mãe
PS: Pensando melhor, vou continuar a ler suas crônicas para ele. Ele sempre gostou de uma boa história.
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04/04/2014
A POLITICA HOJE
Um amigo distante com o qual correspondo nos Blogs deixou-me o seguinte comentário que achei por bem publica-lo aqui :
É um facto que o ser humano se tem degradado nas suas relações com o outro. Em termos de relações familiares e sociais, temos muito que aprender com os «animais ditos irracionais». assim denominados arrogantemente pelos que se consideram racionais. Estes deixaram-se escravizar, subservientes, pelas ferramentas e tecnologias que criaram com o fim de com elas facilitarem o seu trabalho. Primeiro foi o DINHEIRO criado para facilitar as trocas de produtos e de serviços mas que hoje, tornado droga altamente perigosa, esmaga e vicia os que por ele se apaixonaram. Depois, a informática criou um «humanismo virtual» que despreza brutalmente familiares e amigos e também vicia e esmaga os que dispõem de formação cívica menos segura.
No tempo de grandes escritores portugueses, como Eça de Queiroz e Camilo Castelo Branco, por exemplo, a política era uma actividade nobre de sacrifício e generosidade, exercida por quem já era rico e, com a sua riqueza, queria ajudar os outros, sem qualquer interesse pessoal a não ser tornar-se notável pelo seu trabalho em benefício do país. Hoje, a política é uma actividade vil, desprezada pelas pessoas de bem, que é usada por jovens sem capacidade a não ser para sacar o máximo aos outros a fim de enriquecer muito, em pouco tempo e por qualquer forma. São capazes das maiores atrocidades para obterem mais uns cêntimos. Não conhecem ética nem moral, nem dignidade, nem honra. Há por aí vários casos de ubiquidade em qe políticos recebem de dois lados como estando presentes em funções diferentes, Um caso estava na AR e, simultaneamente, em viagem de estado no Brasil. Noutro caso governante estava em funções do seu cargo em Lisboa e, simultaneamente. em reuniões oficiais no Governo dos Açores!!!
Pode haver eventuais excepções, mas esses depressa se atrevem a dizer coisas correctas e são afastadas das funções e até dos partidos. Temos hoje alguns exemplos de pessoas honestas a falar publicamente contra as acções dos seus partidos no Governo. Os governantes chegam ao ponto de hostilizarem as intenções e os projectos de colegas só porque egoisticamente não vêm que as ideias dos outros lhes possam trazer os benefícios que desejam e, daí surgem contradições, recuos e avanços, desmentidos, etc.etc.
Com este panorama, nasce a angústia. Para onde caminha a humanidade? Como alterar drasticamente o rumo para o abismo? Quem, a meio da sua idade activa, se decide a trabalhar honestamente para o futuro, seu e de todos os outros, modificando os sistemas de exploração pelos meliantes que se apoderaram das rédeas do poder? É preciso que as pessoas percam o medo de falar e exprimam críticas e boas sugestões e, depois, tomam acções eficazes,bem preparadas e adequadas para a moralização da sociedade e para se entrar da auto-estrada do desenvolvimento social e económico, humanizado, com respeito pelos direitos dos outros, de quem trabalha e produz o indispensável para a vida de todos.
Muito se pode e deve dizer, mas por agora fico por aqui e penso que já deixei pontos de reflexão suficientes para desencadear meditação individual e de grupo.
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Politica Dignidade Honestidade Abismo
02/04/2014
DONA DOCHINHA
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DOÇURA DE PESSOA, SIMPÁTICA E BATALHADORA |
Mãe de 11 filhos, começou a se dedicar à assistência social. Aprendeu Yoga, especializou-se em alimentação saudável e buscou conhecer ainda mais os artifícios da saúde preventiva. Começou então a desenvolver um trabalho com idosas das camadas populares da cidade.
Separou uma sala de sua casa onde ensinava Yoga, além de destacar a importância da alimentação saudável. Desta iniciativa surgiu o Grupo Convivência Dona Dochinha, em 26 de junho de 1986, que se preocupa com a integração e valorização do idoso na sociedade.
Dona Dochinha já ganhou prêmios bastante expressivos, como o “Talentos da Maturidade” e o “Gente que faz” do extinto Bamerindus. Participou ainda da assinatura do Estatuto do Idoso junto com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por tudo isso se tornou uma figura muito amada e querida por todos.
Nas redes sociais muitas mensagens foram deixadas na página do Grupo Convivência como forma de despedida e agradecimento por tudo que ela desenvolveu na cidade. “Era um abraço humano, num sol escaldante, em prol da Lagoa da Chácara e lá veio ela... Toda de rosinha... Um exemplo, para todos nós, de: coragem, amor e cidadania pela cidade dos Lagos encantados... Com certeza, uma mulher à frente do seu tempo...Sua luta pela igualdade social, pela dignidade humana e ambiental ficará para sempre nas nossas memórias... Somos agradecidos por termos podido "Conviver" com uma anja na terra... Prefiro dizer que hoje Sete Lagoas acordou rosinha... Penso que este é o Tom do Amor que pulava daqueles olhos que nos fará muita falta...”, destacou Alessandra Casarim.
Patricia Silva Maciel também pediu. “Deus Pai... receba em tuas mãos nossa rainha D. Dochinha... obrigada querida pelo seu amor, seu carinho, sua solidariedade, o seu exemplo!!!!!!! Sempre a amaremos... nossos sentimentos a todos os familiares e ao "Dona Dochinha Convivencia!"http://donadochinha.blogspot.com.br/
neste endereço poderá conhecer um pouco mais desta extraordinária mulher!!!
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